06 setembro 2002

os gritinhos são de "ai, ai, ai" [som de gurias que dizem sim] e as desprevenidas deste insólito solo gaudério deixam seus guarda-chuvas incautos serem levados ao sabor do vento neste começo de noite fria e molhada. sou observador taciturno deste espetáculo de revoadas e de água salpicante sobre a epiderme. no más, já não há como se saber com que temperatura nos brindará o dia de amanhã e se camiseta ou blusa de lã é a vestimenta mais apropriada. enquanto o dia não vem, espero incessantemente, na vontade de me abrigar sob um edredon acolhedor e aconchegante. a vida é outra coisa, no entanto, ou sou eu mesmo que me obrigo a esta rotina diária de escrevinhador e dizáina dos pampas. deixe-me por aqui, por enquanto, a contemplar os saiotes rodopiantes e os cabelos revoltosos que permeiam todo este campus pucniano infernal.