01 setembro 2003

MAIS UM GÊNIO QUE SE VAI

Neste ano das grandes mortes, outra perda lastimável se faz. CHARLES BRONSON, o gênio dos filmes de ação bate as botas e deixa orfãos todos os fãs catadores de filmes de fundo de locadoras, empoeirados, mas sempre umas jóias do gênero. Bronson, o último grande herói truculento, depois de CHUCK NORRIS, se vai e nos deixa sem pérolas como DESEJO DE MATAR, e outros grandes clássicos do cinema-pistolão. Aos 81 anos morre aquele que sempre pareceu ter 81, mas que demonstrava toda a sua vitalidade e sua GENIALIDADE como ator monotemático e com a maior expressividade BLASÉ possível de se encontrar no cinema. A pneumonia foi a algoz que levou o velho BRONSON. CHARLES BUCHINSKY, velho ator de spaghetti western até se firmar como o representante do herói durão, no rastro de CLINT EASTWOOD, rodou cerca de 97 filmes para o cinema, além de um calhamaço de telefilmes e outras preciosidades que sairam direto em vídeo. Conseguindo estender uma saga [DESEJO DE MATAR] até o quinto título da série, fez história como o justiceiro solitário que, caído em desgraça pelo assassinato de sua família - a cada título mais um membro do seu clã era brutalmente assassinado por bandidos da estirpe do RISADINHA - decide empunhar um revólver e um raciocínio truculento atrás dos marginais e malfeitores. Violência gratuita? Nada. Charles Bronson era um dos grandes heróis de filmes de ação e deixa um vazio na produção de histórias maniqueístas onde o BEM e o MAL eram claramente demonstrados através do JUSTICEIRO e do MARGINAL. Deixa vago um posto que não poderá ser ocupado por ninguém.