Os anônimos subversivos
O livro que está sendo lançado na Feira nesta terça-feira é assinado por Wu Ming. Mas Wu Ming, na realidade, se chama Luca di Meo. E Luca di Meo não é o único autor do livro, uma vez que Wu Ming são quatro – os bolonheses Giovanni Cattabriga, Federico Guglielmi, Roberto Bui, além do próprio Luca. Quatro autores que não mostram o rosto, misturam em uma trama a máfia italiana, movimentos sociais, política internacional e o ator Cary Grant num enredo todo passado no ano que dá título ao livro “54” (Conrad, 608 pg., R$54, sem o desconto).
Antes de serem o coletivo Wu Ming, expressão chinesa que significa “Sem Nome”, os quatro foram uma das células mais ativas do chamado “Projeto Luther Blissett”, pseudônimo multiusuário adotado e compartilhado por centenas de ativistas, narradores, escritores e operadores culturais em vários países, na década de 90, surgido na Europa e que constituía-se de ações independentes de ativistas subversivos que pregavam peças na grande imprensa espalhando notícias falsas. Em tempo, Luther Blissett é uma referência jocosa a um jogador inglês de atuação medíocre no Milan.
Como Luther Blissett, o quarteto já havia escrito outro livro a oito mãos, o também romance história “Q: o caçador de hereges”, que se tornou grande sucesso de vendas e levou o grupo a assassinar o personagem, via Internet, em 1994.
O livro que está sendo lançado na Feira nesta terça-feira é assinado por Wu Ming. Mas Wu Ming, na realidade, se chama Luca di Meo. E Luca di Meo não é o único autor do livro, uma vez que Wu Ming são quatro – os bolonheses Giovanni Cattabriga, Federico Guglielmi, Roberto Bui, além do próprio Luca. Quatro autores que não mostram o rosto, misturam em uma trama a máfia italiana, movimentos sociais, política internacional e o ator Cary Grant num enredo todo passado no ano que dá título ao livro “54” (Conrad, 608 pg., R$54, sem o desconto).
Antes de serem o coletivo Wu Ming, expressão chinesa que significa “Sem Nome”, os quatro foram uma das células mais ativas do chamado “Projeto Luther Blissett”, pseudônimo multiusuário adotado e compartilhado por centenas de ativistas, narradores, escritores e operadores culturais em vários países, na década de 90, surgido na Europa e que constituía-se de ações independentes de ativistas subversivos que pregavam peças na grande imprensa espalhando notícias falsas. Em tempo, Luther Blissett é uma referência jocosa a um jogador inglês de atuação medíocre no Milan.
Como Luther Blissett, o quarteto já havia escrito outro livro a oito mãos, o também romance história “Q: o caçador de hereges”, que se tornou grande sucesso de vendas e levou o grupo a assassinar o personagem, via Internet, em 1994.
A partir dessa experiência, adotaram o nome Wu Ming - que é entendido como um tributo à dissidência e uma recusa em aceitar o papel do autor como estrela. Mesmo não sendo segredo suas identidades, eles seguem considerando a obra mais importante que as biografias e rostos individuais. Eles de identificam como Wu Ming I, II, III e assim por diante. Luca di Meo, que autografa na Feira, é o número III do grupo.
Às 19h30, logo depois da sessão de autógrafos, na Sala dos Jacarandás do Memorial do Rio Grande do Sul, di Meo participa de um debate no qual vai discutir oconceito de Copyleft.
Os livros do grupo também estão à disposição em vários idiomas no site http://www.wumingfoundation.com/. Os textos podem ser copiados e distribuídos sem pagamentos de direitos, desde que não sejam vendidos.