05 julho 2007

Finalmente


Aos sete leitores deste blog que ainda se aventuram a acessá-lo, atrás de, quem sabe, justificativas para sua não-atualização, finalmente um post decente e - melhor - um motivo que é a minha desculpa para o tempo obsceno em que nenhuma linha digitei aqui. Eis o motivo: depois de incontáveis entraves burocráticos, dificuldades atrozes e todo azar de percalços, finalmente meu filhote mais carinhosamente alentado nasceu.


A Fósforo, projeto editorial de tamanha pretensão que ousa de dizer editora e assim se apresentar diante dos burocratas da receita federal, junta comercial e tantos outras instituições findadas em al que tiveram um gosto quase sádico em barrar minhas tentativas de inscrições a menor vírgula mal grafada. É bom dizer [bom agora, por que há pouquíssimo tempo atrás, era realmente dramático], que a Biblioteca Nacional foi a responsável pelo suplício final, quando, na espera enlouquecida do registro da editora e da resposta à solicitação de ISBN, descobri, para meu desespero kafkiano, que a mesma se encontrava em greve. E como detentora única e exclusiva do privilégio de conceder tais quitutes técnico-literários, deveria eu me prostrar ao bel prazer da dita cuja, aguardando que suas reinvindicações junto aos órgãos máximos da Cultura fossem bem sucedidas, e eles pudessem ser atendidos em suas solicitações de melhores salários, planos de carreira e outros pedidos quetais que costumam fazer parte do rol das entidades nestes momentos.


Pois, eis que, por uma reviravolta que só encontra paralelo nas películas de David Lynch, em um belo final de tarde chego em casa e vejo o envelopinho lá, com a peculiar logomarca da BN e uma singela cartinha dentro, onde, junto a um fotolito com o código de barras, vinha a mensagem: No momento não estamos concedendo códigos de barras. Segue aqui o seu código de barras. E a greve não tinha acabado! Como, aliás, não acabou até agora, conforme nos informa este site com as notícias de suas principais conquistas.


Findas as delongas: por milagre ou outro nome qualquer que se queira dar a este fato [creio que algum grevista emocionado com meus constantes apelos aos e-mails da Biblioteca Nacional, acabou por furar a greve para me enviar os documentos necessários...] a Fósforo finalmente foi registrada, o livro Ficção de Polpa, uma coletânea de 16 autores, com contos de horros e fantásticos, pôde ser encaminhado para a gráfica e agora vamos ver o resultado desta função toda. Na função, o livro vai estar sendo vendido a singelas 15 patacas e estaremos servindo aqueles delícios acepipes e aperitivos que fazem a alegria em tais ocasiões. Dá uma passada lá.


O serviço é o seguinte, então:


Estréia da Editora Fósforo e lançamento
e sessão de autógrafos livro Ficção de Polpa

12 de julho, quinta-feira
A partir das 19h30min
Insano Pub Bar, Lima e Silva, 601

(clique na imagem pra aumentar)