02 setembro 2002

uma malzibier

Os gurizinhos sujos brincam um pouco mais lá adiante, enquanto a corja aqui se refestela na porta do barraco esperando a cerveja quente que aquela botequeira safada não traz. Não temos muito o que fazer, então não fazemos. Coisas de que tipo? quando não se tem certeza do que se quer. Os guris empinam a pipa à maneira deles, mais ou menos acertada,não somos ninguém para tentar ensinar que puxando daquele jeito vai acabar enganchando na rede de alta tensão. Morrendo um é só mais um. Morrendo dois, a gente sabe o que é que é. E é o que for. Se for a cerveja preta eu não quero porque acho profundamente e irritantemente doce, e ademais, cerveja preta é pra mulher que quer ter leite. Eu não quero ter leite. Não me agrada leite saindo das tetas. Nunca entendi por que homem tem que ter teta. Uma vez no calor, saiu um caldinho, a tetinha estava meio ouriçada. Quando tou com tesão a teta fica assim, também. Não gosto que chupem a minha teta, porém. Se a mulher quer chupar alguma coisa, que chupe meu caralho e deixe minhas tetas em paz. Chamar aquela mulher de botequeira me lembra das boqueteiras. Pra que falar de sacanagem, quando tudo o que se espera é a merda da cerveja quente, foda que é a única que se tem por aqui, e que aquela safada demora pra trazer.