05 janeiro 2003

Estou quase lá, quase chegando afinal, à fórmula da felicidade universal. Ou da minha felicidade, ao menos. Entre a maioria dos ingredientes, consiste em não se importar inteira e desesperadamente com todas as coisas, considerando-as de imensa importância para a sua vida - ainda que na verdade, elas sejam. Bom, não sei. Talvez seja somente charlatanice e auto-enganação, mas o que posso fazer, se estou, afinal, conseguindo me sentir melhor assim? Aquela coisa do altruísmo?, felicidade vinculada à felicidade de outrem? Acho que não. Talvez, também, sejam somente comentários esparsos de alguém amargurado, mas na realidade acho que não tem nada de amargura no meu coração, mas somente uma capacidade prática que eu mesmo desconhecia e, se não chega a me assustar, me põe feliz por saber ser portador dela. No final das contas, a felicidade depende somente de nós e, não configurando-se em egoísmo, às vezes é preciso relegar o papel de mero coadjuvante aqueles que cercam tua vida.

Eu sou meio evasivo. Na maioria das vezes, um tanto suscetível, também, às mudanças comportamentais dos outros, fazendo com que isto acabe moldando minha vida. Não acontecerá mais, no entanto. Tiene que endurecer-se, sem perder la ternura jamas. E por aí vamos nós.