Sinceramente, não sei dizer se é melhor ou pior o fato de provavelmente - se nenhum recurso conseguir fazer a decisão da juíza federal Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Cível de São Paulo ser revogada - não ser mais necessária a exigência do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. De opiniões diversas que li, inclusive de jornalistas [os já formados, lamentando, no entanto, o tempo passado dentro das universidades], todos parecem festejar tal decisão, argumentando que, agora, muitos talentosos sem a possibilidade de acesso a uma universidade poderão trabalhar de maneira legal [como se já não o fizessem...]. Imagina, no entanto, a desilusão no coração dos estudantes das universidades, vendo como que se jogado definitivamente à vala seus "investimentos" nos anos de faculdade. Os argumentos da juíza me pareceram, porém, todos válidos. Ainda que reste um pouco daquela sensação de subestimação de uma profissão, em detrimento de outras, realmente, não há razão para a exigência de ter-se freqüentado um curso universitário para poder trabalhar como jornalista: tirando o fato de que os anos de convivência acadêmica e toda a carta teórica e métodos científicos empregados no ensino são, realmente, fatores a mais em uma formação, o resto não é nada mais do que a prática e conhecimento de método podem oferecer. Quem não deve estar nada contente com isto é o Schröder e o pessoal do Sindicato.
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Alessandro Garcia nasceu em 1979, em Porto Alegre. Autor de A sordidez das pequenas coisas (Não Editora, 2010), finalista do Prêmio Jabuti 2011, segundo colocado no Prêmio Clarice Lispector, da Fundação Biblioteca Nacional e com conto traduzido para o espanhol na Revista Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.
Em 2016 participou, com o conto Cachorro correndo sem cabeça, da coletânea Cobain. Em 2015, publicou Agora que Estamos de Volta pelo selo Formas Breves, da e-galáxia, editora na qual também participou da coletânea Contos de Natal, em 2014. Publicou nas coletâneas É Assim que o Mundo Acaba (Editora Oito e Meio, 2012), Assim você me mata (Terracota, 2012), Ficção de Polpa Vol. 3 (Não Editora, 2009), Ficção de Polpa Vol. 1 (Fósforo, 2007; Não Editora, 2008) e em revistas como Ficções e Cult, além de ter conto traduzido para o inglês no Contemporany Brazilian Short Stories e para o espanhol da Cuentos Brasileños de la Actualidade.
Escreveu o perfil do escritor Jonathan Franzen para o livro Por que Ler os Contemporâneos? (Dublinense, 2014). É editor da revista de contos Flaubert.
Arquivo
Booktrailer
SOBRE
- Resenha Amálgama: "Um grande livro."
- Resenha Digestivo Cultural: "A sordidez de Alessandro Garcia"
- Resenha Ivana Arruda Leite: "A sordidez das pequenas coisas"
- Resenha Meia Palavra: "A sordidez das pequenas coisas"
- Entrevista no Paralelos: O Globo Online
- Entrevista programa Estação Cultura, TVE
- Booktrailer de "A sordidez das pequenas coisas"
- Sinopse Não Editora
- Resenha do "Ficção de Polpa".
- Entrevista no Portal Literal
- [MAIS]