18 março 2003

Não sou fã conhecedor do herói. Afinal, o único herói sobre o qual eu sei tudo e realmente me manifesto quando algo é feito negativamente sobre, é o Batman. De resto, achei bacana o Homem-Aranha de Sam Raimi, acho que o Hulk vai ser uma grande bosta, mas, é claro, não vou perder, para contentar a minha porção guri e para poder escrever críticas desfavoráveis depois. X-Men foi um filme acima da média no quesito heróis, desde que não encontraram um protagonista decente para nenhum dos Batman [link chupado do blog do Nasi, que, aliás, é o cara que entende de quadrinhos por estas bandas, com seus comentários sempre pertinentes. Nem sei por que estou fazendo este prólogo metido à besta! De quadrinhos só sei que adoro Watchmen, Robert Crumb, Miguelanxo Prado e outros grandes caras que fazem um lance mais urbano. Batman, é claro, mestre supremo, e o resto é puro empirismo e seqüelas de uma adolescência também abastecida com álbuns da DC e da Marvel].

Início verdadeiramente dispensável para dizer que, afinal de contas, não sei por que tanta reclamação dos fãs e até mesmo da crítica(!) para Demolidor. Bom, vai ver que é por que eu não sou fã... Será que não ficaram satisfeitos com a atuação morna de Ben Affleck? Ou terá sido as cenas de lutas sempre passadas na quase absoluta escuridão? Talvez fosse uma metalinguagem para o diretor nos passar a angústia da cegueira... Pensem bem... Bom, pode ser também que tenha sido a rapidez com que as coisas de resolvem e a falta de empatia do herói o tempo inteiro? O vilão Mercenário [Collin Farrell] também é caricato pra caralho, e não sei se isso é bom ou ruim, já que ao menos alguém foi expressivo no filme. As risadas guturais d'O Rei do Crime [Michael Clarke Duncan] não foram assustadoras o bastante? Tem quem reclame do cara ser negro e o vilão dos quadrinhos, branco. Seria um politicamente correto ao avesso. Ao avesso por que perpetuaram a imagem do negro delinqüente, segundo os mais exaltadinhos defensores da ética.

Provavelmente foram estes os motivos para deixar tanta gente indignada. Mas sempre há uma compensação em tudo. Neste filme raso como um pires [legal as partes de sofrimento interior do personagem, quando se confessa para o padre, angustiado e com sentimento de culpa. Cenas antológicas...], ainda vale o preço do ingresso a hnngata Jennifer Garner, com sua gostosa Elektra.