O Procurado é destes filmes inacreditavelmente tôscos. A presença de Angelina Jolie no elenco não favorece em nada esta película que, simplesmente, subestima não a inteligência (esta também, é claro), mas principalmente a paciência de um ser normal. (Ok, talvez a cena em que ela saiacompletamente nua de uma banheira, mostrando suas lindas tatuagens nas ancas tenha lá o seu valor cultural...). Não obstante todas as estripulias tardias à la Matrix (malditos inventores do bullet time!), há uma necessidade absurda de se tentar registrar mais invencionices formais, exercícios de "ousadias" visuais cansativas que parecem ser a única razão para que o filme tente se justificar.
Embora seja um pensamento tôsco pra caramba, me surpreende um tanto o contraponto que Angelina Jolie faz de seu trabalho em relação à sua vida pessoal, que parece ser tão repleta de caridade e auxílio (sim, não expressei bem para sei lá qual o termo benéfico que se dá para quem costuma adotar bebês de países africanos paupérrimos). Sua carreira vai em um galgar de trabalhos belicistas, que chega a ser relativamente assustador, pra quem se impressiona fácil como eu. Há tempos ela parece ter abandona películas mais cerebradas, como O colecionador de Ossos, Garota Interrompida para se dedicar à estes blockbusters. Não só seu trabalho com a versão cinematográfica do game Tomb Raider, mas principalmente coisas que tentam se travestir de diversão, como o violentíssimo Sr. & Sra. Smith e agora este O Procurado, onde a bala come a torto, a direito e em curva - é, eles conseguiram inventar esta "super capacidade" de atiradores fenomenais, absurdo que nem o tiozinho suburbano pançudo e fã mais ardoroso de Rutger Hauer deve ser capaz de suportar.
Pra ficar ainda mais decepcionante, James McAvoy, um destes talentos novos que vem fazendo um trabalho muito legal (vide O Último Rei da Escócia e Desejo e Reparação) também perde seu tempo e queima seu filme nesta tosquice de última instância cinematográfica. Os Irmãos Lumière se reviram na cova.
Embora seja um pensamento tôsco pra caramba, me surpreende um tanto o contraponto que Angelina Jolie faz de seu trabalho em relação à sua vida pessoal, que parece ser tão repleta de caridade e auxílio (sim, não expressei bem para sei lá qual o termo benéfico que se dá para quem costuma adotar bebês de países africanos paupérrimos). Sua carreira vai em um galgar de trabalhos belicistas, que chega a ser relativamente assustador, pra quem se impressiona fácil como eu. Há tempos ela parece ter abandona películas mais cerebradas, como O colecionador de Ossos, Garota Interrompida para se dedicar à estes blockbusters. Não só seu trabalho com a versão cinematográfica do game Tomb Raider, mas principalmente coisas que tentam se travestir de diversão, como o violentíssimo Sr. & Sra. Smith e agora este O Procurado, onde a bala come a torto, a direito e em curva - é, eles conseguiram inventar esta "super capacidade" de atiradores fenomenais, absurdo que nem o tiozinho suburbano pançudo e fã mais ardoroso de Rutger Hauer deve ser capaz de suportar.
Pra ficar ainda mais decepcionante, James McAvoy, um destes talentos novos que vem fazendo um trabalho muito legal (vide O Último Rei da Escócia e Desejo e Reparação) também perde seu tempo e queima seu filme nesta tosquice de última instância cinematográfica. Os Irmãos Lumière se reviram na cova.
