06 abril 2009

Descendo a lenha na Keira Knightley

Primeiro, eu acho que a tentativa de chocar para conscientizar, há muito já mostrou ser pouco eficiente. Segundo, para este trabalho especificamente, uma campanha com a Keira Knightley, dirigida por Joe Wright, que dirigiu a atriz em filmes como “Orgulho e Precondeito” e “Desejo e Reparação”, eu acho que a possibilidade de a violência doméstica se tornar ainda mais fetiche aumenta grandemente. Isto porque há a escolha da meta linguagem na narrativa do filme - em determinado momento, a atriz não somente fala com a câmera, como há o distanciamento da mesma para mostrar que temos um cenário (É um comercial? É a própria atriz chegando em casa após um dia de trabalho?) - potencializando, portanto, o fetiche estético que a obra apresenta: é uma violência tão estetizada quanto a que estamos acostumados a ver em filmes de Tarantino e Gus Van Sant. Está longe de comover e longe de aproximar. Dá o confereres: