Carlos André Moreira, Samir Machado de Machado, mediados pelo Antônio Xerxenesky, discutindo literatura de gênero. Entre uma e outra tergiversação (bom, na realidade foram argumentos na maioria das vezes muito bem fundamentados, mas é que fazia tempo que eu não escrevia esta palavra e, bem, não é sempre que se tem a oportunidade) sobre a tosquice de certas edições de obras de ficção científica/terror/horror e seus correlatos — motivos mais do que suficientes para uma impressão extremamente negativa de sua representatividade enquanto literatura —, questionamentos da platéia sobre quais são, afinal de contas, os pressupostos estéticos de obras desta natureza e muito mais. Este foi o resquício de debate que consegui captar quando cheguei, atrasado, como é bastante peculiar, ao debate O Público e a Crítica da Ficção de Gênero, que antecedeu o evento de relançamento dos três volumes de Ficção de Polpa, da Não Editora e que aconteceu ontem à noite na livraria Palavraria, no Bonfim. Ainda deu para ouvir questionamentos do tipo se Crime e Castigo pode ser definido como literatura policial, explanações de Moreira sobre a origem do gênero policial remetendo ao começo da Scotland Yard e pena não ter chegado mais cedo. Em seguida, esparsos autógrafos, com os autores espalhados pela simpática livraria e a noite se foi.