Frédéric Martel
[Civilização Brasileira, 490 pgs.]
Por
que os cinemas multiplex de shoppings centers tornaram-se o símbolo
da excelência cinematográfica? Por que os filmes indies
são,
hoje, somente uma categoria estética? Como as novelas da Rede Globo
conquistaram o mundo? Bollywood ameaçará a hegemonia do cinema
americano? Qual a fórmula do sucesso das franquias da Disney, que
estendem-se para espetáculos na Broadway, parques de atrações,
show em cruzeiros e milhares de produtos? Fruto de uma pesquisa de
cinco anos, que incluiu viagens a 30 países dos cinco continentes e
mais de 1.200 entrevistas, o doutor em sociologia, pesquisador,
jornalista, professor e apresentador Frédéric Martel investiga a
batalha de conteúdo no mundo, não deixando de fora os mercados da
música e do livro, uma indústria colossal eternamente preocupada em
lançar o próximo blockbuster.
O PERSEGUIDOR
Julio Cortázar (ilustrações de José Muñoz)
[Cosac Naify, 96 pgs.]
“O
perseguidor” é, provavelmente, o conto mais importante deste que é
um dos maiores contistas da história da literatura. Publicado
originalmente em 1959, no livro As
armas secretas (publicado
no Brasil pela José Olympio Editora), a história descreve os
últimos dias de Johnny Carter, virtuoso saxofonista cuja decadência
conhecemos entremeada por sua obsessão com o tempo. Homenagem ao
genial Charlie Parker, o conto foi considerado pelo próprio Julio
Cortázar como um divisor de águas em sua carreira, quando o
personagem deixa de ser um “joguete a serviço do fantástico e
passa a ser o centro da narrativa”. Esta linda edição da Cosac
Naify chega ilustrada pelo desenhista argentino José Muñoz. Ótima
porta de entrada para quem não conhece a obra do autor mais
conhecido por O
Jogo da Amarelinha,
e indispensável para os fãs.