Como a própria declaração do autor, no livro Conversas com Cortázar, de Ernesto González Bermejo, definir o fantástico encobre uma gama demasiada de possibilidades e, no momento em que escrituras como as de Cortázar surgem, apresentando situações em que, sobre o sólito irrompe o inesperado e temais quetais, ligados ao metafísico, como estruturas espaço-temporais (temas que são focos de tensão dominante em seus contos), a primeira intenção é de tachar-lhe tal denominação: fantástico. No entanto, embora seja inevitável que eu tente aqui relacionar algumas significações sobre o fantástico, melhor definição, se assim posso dizer, à obra de Julio Cortázar, provavelmente esteja como narrativas de estranhamento. Eis o que o próprio autor diz sobre o fantástico.
Escrevi um ensaio sobre Cortázar e publiquei no Medium. Dá para ler por aqui.
Alessandro Garcia nasceu em 1979, em Porto Alegre. Autor de A sordidez das pequenas coisas(Não Editora, 2010), finalista do Prêmio Jabuti 2011, segundo colocado no Prêmio Clarice Lispector, da Fundação Biblioteca Nacional e com conto traduzido para o espanhol na Revista Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.