30 janeiro 2003

Nem muita coisa além, alguma coisa, porém. Como sempre sou [e acho que assim permanecerei] por muito tempo o último dos moicanos, devo dizer, se é do interesse de alguém, que assisti Harry Potter. Não, nenhuma tentativa vã de voltar a doce pureza dos CUEIROS, o negócio é que quando se tem uma menina que tem uma afilhada, vez por outra se é obrigado a deixar-se dominar por tais programetes que seduzem a moçada da idade tenra. Pois bem, apesar de bastante avesso e um tanto quanto insensível nos últimos tempos - há bastante tempo - a toda esta horda VIOLENTÍCIA e SANGÜINOLENTA que entope os produtos de consumo de que somos vítima, realmente, me surpreendi de como este filme é desaconselhável para crianças. Tirando aquela babaquice bem conhecida que gira em torno, referente à investigações de mensagens SUBLIMINARES satânicas, coisica e tal, o filme é realmente bem assustador [eu me assustaria se eu fosse um moleque não regado a doses cavalares de videogueime] e com uma dose porrada de violência desnecessária. A guria de nove anos que levamos, gostou; parece, pois, mais acostumada ou menos suscetível do que eu a estupidações violentas em produtos para a pirralhada. No más, gostaria de dizer que o primeiro filmete desta saga milionária me pareceu bem melhor e mais INGÊNUO, podendo deixar, realmente, as criancinhas enlevadas com seus espírito aventuresco e prosaico das artes bruxais.


Continuando o fato de que eu sou o último a ter acesso a muitas coisas [devido aos pilas que nem sempre se fazem materializados com a rapidez necessária em minha conta bancária, ou, opção dois, somem com uma rapidez mais abissal do que deveriam], quero deixar registrado a audição mais detalhada do CD da Cachorro Grande. E, sim, é um bom cd. Fora o fato óbvio de, muitas vezes soar [lógico que, querendo], como uma versão tupiniquim dos Stones e dos Strokes, não contém grandes achados sonoros, é rock básico como aqueles casaquinhos de veludo de brechó que eles ostentam pela Lancheria do Parque. O único phoda é que o típico cd que só gaúcho compra e curte, portanto, devo dizer que, se é pretensão dos autores, não conquistarão o restante do país. As coisas são tão datadas, naquela busca incessante da sonoridade e do clima anos 70, com referências óbvias como Charlotte Grapewine e Greta Garbo, etc, que fica restrito à grande ao território gaúcho, com um produto final que só aos gaúchos interessa. Enfim, música para freqüentadores do Garagem, comedores da Lanchera, cachaceiros do João e andadores da Osvaldo. Aquele algo. Mas bom, visceral.