Meu índice de açúcar na corrente sanguínea andava bastante em baixa já a algum tempo, por isso me vi na obrigação de repor (em doses fartas, hei de convir) as taxas edulcorosas de ficção sentimental através de uma sessão de cinema com a dona patroa. "O amor não tira férias" (The Holyday, antes que se manifestem os incautos, não é uma espécie de "Closer". Por mais que a estratégia de divulgação - desde o pôster- ou somente a percepção dos desavisados queira enunciar isto). Eu, particularmente, nunca tinha feito tal relação. Mas comentando com um amigo hoje ter ido assisti-lo, eis que ele me interpela com o questionamento se tratava-se de um genérico daquele. Tirando Jude Law nas duas películas, o ponto em comum acaba por aí. "O amor…" é comédia rasteira, trama adocicada e previsível repleta de todos os clichês possíveis. Como eu presumi. Não sei se disse aqui: sou um contumaz colecionador de sessão de comédias românticas clichês, açucaradas e previsíveis. Com "aquele" final bem alegrinho, pessoas cantando e tudo o que tivermos direito. Acho até que deveria instituir o prêmio "Escrito nas estrelas" (trama do gênero protagonizada por John Cusack e que, para mim, é provavelmente representante máxima de tanto melado filmíco contemporâneo). É verdade que bons atores sempre dão um jeito de tornar um pouco melhor o que para alguns pode ser uma tortura somente atenuada pela mão entrelaçada com o amorzinho no escuro do cinema. Mas a verdade é que, com o espírito desarmado, falsas expectativas postas no chão e o coração liberto de presunções negativas, dá para se divertir bastante com estas pérolas. Tá bom. "Bastante", eu exagerei.
Vai parecer forçado eu dizer que a presença de Kate Winslet e Jack Black tornam melhor aquilo o que poderia ser o começo da derrocada da carreira de Cameron Diaz (que começa a perpetuar seu estereótipo de lourinha adorável tresloucada). Mas também é bem provável que mesmo sem a presença dos dois, ainda falte bastante para Cameron Diaz, de longe, começar a ficar repetitiva. Por que é foda, por mais semelhantes que sejam seus personagens, filme após filme, a mulher é um charme só e faz a coleção de lugares-comuns sentimentais que protagoniza parecerem relevantes de verdade e muito mais interessantes quando seguidos por closes nos seus gigantescos olhos azuis.
Mas Kate Winslet e Jack Black são detalhes mais do que bacanas no filme. Ela, com seu gracioso jeito inglês, seu charme de mulher de verdade bem distante da perfeição de Cameron Diaz, mas igual (e por vezes, superiormente) maravilhosa. E Jack Black… Bem, é Jack Black! O que se pode dizer contra um cara que faz um filme como "Nacho Libre"? É a presença dele, tão forte o tempo inteiro, para o bem ou para o mal.
Ok, e Jude Law. Tem ele lá, para encantar as moçoilas com seu tipo romântico acompanhado de todos os acessórios que tornam tudo ainda mais sentimental e implausível. Ah, a trama, lógico: as personagens de Cameron e Kate, ambas desacorçoadas (como diria a minha avó) com suas vidas sentimentais resolvem trocar de casa (!). É isso mesmo. Kate vai para a ensolarada Los Angeles enquanto Cameron se refugia em uma fria cidadezinha a 40 minutos de Londres. Fugindo de seus romances mal sucedidos, elas, sem querer, acabam encontrando novos amores. E pronto. O resto são gracinhas e charminhos de toda ordem para preencher as suas duas horas e dezoito minutos de duração até a finaleira. Com direito a abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim (e dancinha, para mostrar como todo mundo é feliz e como o verdadeiro amor está a sua espreita para atacar quando você menos espera).
Vai parecer forçado eu dizer que a presença de Kate Winslet e Jack Black tornam melhor aquilo o que poderia ser o começo da derrocada da carreira de Cameron Diaz (que começa a perpetuar seu estereótipo de lourinha adorável tresloucada). Mas também é bem provável que mesmo sem a presença dos dois, ainda falte bastante para Cameron Diaz, de longe, começar a ficar repetitiva. Por que é foda, por mais semelhantes que sejam seus personagens, filme após filme, a mulher é um charme só e faz a coleção de lugares-comuns sentimentais que protagoniza parecerem relevantes de verdade e muito mais interessantes quando seguidos por closes nos seus gigantescos olhos azuis.
Mas Kate Winslet e Jack Black são detalhes mais do que bacanas no filme. Ela, com seu gracioso jeito inglês, seu charme de mulher de verdade bem distante da perfeição de Cameron Diaz, mas igual (e por vezes, superiormente) maravilhosa. E Jack Black… Bem, é Jack Black! O que se pode dizer contra um cara que faz um filme como "Nacho Libre"? É a presença dele, tão forte o tempo inteiro, para o bem ou para o mal.
Ok, e Jude Law. Tem ele lá, para encantar as moçoilas com seu tipo romântico acompanhado de todos os acessórios que tornam tudo ainda mais sentimental e implausível. Ah, a trama, lógico: as personagens de Cameron e Kate, ambas desacorçoadas (como diria a minha avó) com suas vidas sentimentais resolvem trocar de casa (!). É isso mesmo. Kate vai para a ensolarada Los Angeles enquanto Cameron se refugia em uma fria cidadezinha a 40 minutos de Londres. Fugindo de seus romances mal sucedidos, elas, sem querer, acabam encontrando novos amores. E pronto. O resto são gracinhas e charminhos de toda ordem para preencher as suas duas horas e dezoito minutos de duração até a finaleira. Com direito a abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim (e dancinha, para mostrar como todo mundo é feliz e como o verdadeiro amor está a sua espreita para atacar quando você menos espera).